O São Paulo tem poucas carências para a temporada 2011. O técnico Paulo César Carpegiani pediu dois laterais (um direito e um esquerdo), um volante, um ponta de lança e um atacante, este último só no caso de Ricardo Oliveira não permanecer. Mas o treinador deixou claro nas conversas que já com teve com o presidente Juvenal Juvêncio, com o vice de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, e com o diretor de futebol de futebol, João Paulo de Jesus Lopes: ele necessita de peças que cheguem e assumam a camisa de titular. Se for apenas para compor grupo, ele prefere que não venha ninguém.

- Quero jogadores que venham para jogar, para vestir a camisa e entrar. Se for para compor o elenco, não quero. Para compor eu posso usar a base, os juniores. Um clube que nem o São Paulo tem a obrigação de estar atento ao mercado e formar grandes equipes – afirmou o comandante são-paulino.

Em sua última entrevista coletiva concedida nesta temporada, Carpegiani confirmou as carências que o preocupam. E lembrou que a do meio-campo é que mais o preocupa. Para encontrar o tão sonhado camisa 10, a alternativa será buscar no Exterior.

- Todas equipes que marcaram época no futebol, ganhavam e convenciam, tinham nesse ponta de lança o seu grande jogador. É só pegar na história. Mas hoje há uma escassez no futebol mundial. O surgimento desse jogador é tão difícil, mas gostaria muito de ter um, talvez seja de fora – afirmou o treinador.

Para Carpegiani, Marlos e Lucas são peças que, apesar de já terem atuado como meias, não podem executar a função sonhada por Carpegiani.

- O Lucas não tem essa característica do 10. É um cara decisivo na jogada pessoal, tem outras características boas, excelentes, mas não essa. O Marlos também não tem. Ele tem o drible, é difícil no futebol ter um jogador que desequilibra assim e valorizo muito isso nele. Preciso encontrar um lugar para ele no time – concluiu.